No dia 24 de fevereiro de 1932, as mulheres brasileiras, através de muitas lutas por direitos na política do país, puderam pela primeira vez, participar do pleito eleitoral com seu voto.
Engana-se quem pensa que o código eleitoral brasileiro, assegurava o voto feminino para todas as mulheres. Na época essa conquista era concedida apenas para mulheres casadas, com autorização dos maridos, e para as viúvas com renda própria.
No Brasil, a bandeira das mulheres pelo direito de votar e de serem votadas, teve início, pelo menos desde 1891, quando foi apresentada proposta de emenda à Constituição Brasileira, porém foi rejeitada.
O tema ganhou ainda mais força no início do século XX, a partir da militância política feminina na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. Essa atuação organizada e estratégica inspirou outras mulheres no mundo todo.
O Rio Grande do Norte, foi o primeiro estado brasileiro a estabelecer a não distinção de sexo para o exercício do voto. A primeira eleitora brasileira mulher, foi a professora Celina Guimarães, do município de Mossoró.
Apesar dos avanços, a luta das mulheres por igualdade de direitos ainda é atual, elas representam quase 53% do eleitorado brasileiro, mas ainda assim, são minorias nos cargos eletivos. A legislação eleitoral, tem contribuído para mudar este cenário, pois deixa claro aos partidos, que é obrigatório o preenchimento de no mínimo 30% de candidatas femininas.
Diante desse cenário, o desafio é fazer com que as legendas entendam a importância da participação feminina na política e invistam em suas campanhas, dando às mulheres a possibilidade de disputar em grau de igualdade com todos os candidatos.